quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Retirar um deputado à direita eleger um deputado do Bloco

Com o Teatro Sá de Miranda cheio de apoiantes, Luís Louro, cabeça de lista pelo círculo de Viana do Castelo, mostrou a ambição de nestas eleições legislativas, retirar um deputado à direita e eleger um deputado do Bloco. Na sua intervenção, Luís Louro, aproveitou para fazer duras críticas aos deputados vianenses, por estarem reféns das máquinas partidárias. Lembrou nomeadamente a questão da introdução das portagens na A28 (criticou o silêncio cúmplice dos deputados do distrito), o fecho de centros de saúde, a indiferença perante o crescimento do desemprego no distrito, o relaxamento de uns ou alinhamento de outros, perante os ataques aos direitos das populações, das famílias, dos trabalhadores. Acabou a pedir o voto no Bloco para reforçar esta esquerda de confiança e dar combate às desigualdades sociais.

A abrir o comício interveio a candidata Cecília Terleira, actualmente directora do Agrupamento Vertical do Território Educativo de Paredes de Coura e a principal dinamizadora de uma acção de protesto dos professores pelas ruas da Vila, vestidas de negro e com a boca amordaçada, contra as políticas educativas do Governo de Sócrates. Cecília Terleira foi exaustiva no detalhe das várias reuniões que manteve com diferentes responsáveis, concluindo que os discursos doces de agora não batem certo com o autoritarismo e a arrogância anterior e que os professores querem e a educação exige, para termos uns jovens melhor formados e melhor preparados, são os conteúdos educativos é a defesa de uma escola pública integradora e de qualidade.

A terminar Francisco Louçã reforçou as ideias que são o programa para estas eleições: justiça na economia, qualificações, políticas de emprego, defesa dos serviços públicos, transparência e rigor no uso dos dinheiros de nós todos. A propósito reafirmou o negócio firmado entre a Mota-Engil sobre troço de auto-estrada entre Oliveira de Azeméis e Coimbra, afirmando que a denúncia valeu a pena. A anulação do concurso significa que Portugal já ganhou 500 milhões de euros.

Louçã aproveitou ainda para denunciar outros casos de alteração dos valores da concessão dos concursos de seis auto-estradas recentemente anunciadas, "os portugueses vão pagar 689 milhões e 362 mil euros a mais em relação ao preço do concurso. Este valor dava para construir dois hospitais centrais no País ou para pagar dois anos de aumento das reformas do milhão de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza".

Foi em ambiente de grande entusiasmo que terminou este grande comício.

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